terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Curso de reciclagem de papel e confecção de caixas a partir dos papéis reciclados

A comunidade Planalto em Arapiraca, AL, participou do curso de reciclagem de papel de forma bem dinâmica. As cursistas ficaram felizes em terem feito o seu próprio papel. Depois de feitos os papéis, elas fizeram as caixas com eles. Nas caixas colocaram bombons e balas e aproveitaram a ideia para confeccionar as caixas para venderem os bombons.







Profª Rose estendendo os papéis

Caixa feita a partir do papel reciclado

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Curso de confecção de cadeira e vassoura de garrafa PET

O curso de confecção de puff, cadeira com encosto e vassoura a partir de garrafas PET, teve a participação da comunidade do Bairro do Planalto em Arapiraca, AL.
As cursista foram bem participativas e socilizaram bem a construção dos materiais. Demos a sugestão delas fazerem uma cooperativa para a fabricação de vassouras, pois elas podem aproveitar um horário disponível para o trabalho em conjunto. 
Para a construção das vassouras é preciso 16 garrafas de 2 litros, um cabo e 3 pregos médios.
Veja as fotos:











Jalecos Envenenados

Roselene Nunes de Lima
  
                Ande pelas ruas da cidade, entre em um ônibus, atravesse ruas, vá a restaurantes próximos aos hospitais e transite próximo as faculdades que têm cursos ligados a área da saúde. Muito bem, fez tudo isso? Sem mudar a rotina nós já fazemos esses trajetos diários. Conversamos com conhecidos, abraçamos e beijamos, temos contato. Que bom que tocamos as pessoas e que somos tocados por elas.
                Aparentemente percebemos que algumas pessoas que passam pela gente são profissionais da saúde, pois os jalecos estão geralmente à mostra, pendurados no braço ou atravessando as costas, imitando o modo de colocar uma mochila. Para alguns que estão vendo, de longe ou de perto, podem até pensar: “Que orgulho para a família, um profissional da saúde salvando vidas e buscando a melhora dos doentes em hospitais ou fora deles”.  É a obtenção do bem-estar das famílias.
                Depois de 18 mortes em Brasília e 183 pessoas com a superbactéria, conhecida como KPC, o ministro da saúde, José Gomes Temporão, disse que o uso indiscriminado de antibiótico pelas pessoas, para qualquer febre, traz consequências serias para a saúde. Então, propôs a venda de antibiótico somente com a retenção da receita, ou seja, aquela tetraciclina que muito usavam para curar uma ferida, jamais será comprada sem que um médico a receite. Atitude atrasada e muito, mas muito necessária. Será que essa magnífica ideia serve para tirar a KPC do mapa?
                As bactérias estão em toda parte, nós quando estamos saudáveis não adoecemos com a mesma facilidade que adoece um acamado de um hospital, aquele mesmo hospital que recebe centenas de visitas o tempo todo, além de receber médicos, enfermeiros, serviçais, vigias, cozinheiros, agentes administrativos etc, todos vindo da rua direto para o trabalho. Imagine aqueles médicos e enfermeiros que trocam de hospital de um turno para o outro! Coitados dos jalecos, cheios de bactérias, vírus, poeira, sujeira,...  E os jalecos viajantes, eles entram nos ônibus, entram na lanchonete da esquina do hospital, são colocados no banco de trás do carro. Quantos trajetos! Já vi até mesmo uma moça em uma moto, em plena Fernandes Lima, com o jaleco nas costas, ela entrou em um hospital com aquele jaleco parecendo um acessório e cheio de bactérias, que absurdo!
                O ministro deveria perceber mais o que acontece ao seu redor em vez de culpar apenas os antibióticos pela poderosa KPC, cujo alvo é um grupo de pessoas internadas nas UTI’s – unidades de tratamento intensivo, que já estão frágeis o suficientes para receberem visitas saudáveis e portadoras de uma enorme carga de sujeitos invisíveis e perversos, as bactérias. Além dos jalecos sendo sujos ou limpos, mas envenenados pelas roupas que já passearam muito.

Artigo publicado no jornal Tribuna Independente no dia 14.12.2010