Roselene Nunes de Lima
Professora e Psicopedagoga
Ter determinação para realizar uma tarefa não é nada fácil, pois para ser determinado é preciso ter autoestima elevada e ter incentivo sempre. O incentivo sempre foi e será uma das ferramentas necessárias a conclusão do que se começa ou se quer começar. Com incentivo podemos realizar muito daquilo que pretendemos, pode ser bom ou ruim. E de onde tirar esse poder?
Podemos ter o nosso próprio incentivo sem que as outras pessoas atrapalhem ou interfiram nos nossos objetivos, mas outras não têm essa força, precisam de incentivos exteriores, que alguém as ajudem.
Nosso País tem tido resultados muito ruins na educação. Aquela ineficiência e, nós, professores, somos, constantemente apontados como culpados. Compare a cobrança que existe conosco com uma partida ou campeonato de futebol, sempre o erro da derrota é atribuído ao técnico do time, ele está “chutando a bola fora”.
Voltemos para o universo alunos e descubramos, ou pelo menos, tentemos descobrir os motivos que os levam a tamanho desestímulo, preguiça de pensar e desrespeito consigo próprio. Seria a pouca cobrança e muito bônus dados pelos professores? Seria a casa muito pequena com uma família numerosa? Seria a família esfacelada, seja rica ou pobre, pelas perdas constantes que não levantam ninguém? Seria a falta de ideal na vida? O que seria?
São tantas dúvidas que chegamos a pensar que tudo isso é uma doença que paralisa a coragem para pensar e agride a tomada de consciência e atitude para se conquistar o que realmente vale a pena dentro da educação.
Sabemos que muitos dos nossos colegas na educação estão muito preocupados com os seus próprios filhos – estes estudam nas escolas particulares – e, esquecem-se de dar educação de qualidade aos seus alunos, também se esquecem de tratá-los bem, com urbanidade como manda a lei. Mas dizem que os fora-da-lei estão presos ou respondendo processo.
Aos colegas de profissão, peço atenção para nossos alunos, que os tratem bem, sejam verdadeiros educadores, não deixem que eles fiquem a margem da sociedade, a responsabilidade, mais tarde, pode ser nossa, pelas barbaridades que eles podem vir a fazer. Se não tratarmos os nossos alunos com respeito e com intenção de fazer uma educação de qualidade poderemos ser vítimas deles e seus filhos também, pois são de idades parecidas. Cuidado: condena-se o aborto e odeiam-se os “abortos vivos” que estão importunando a sociedade.
Artigo publicado no Jornal Tribuna Independente em 2011
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