Roselene Nunes de Lima
Na hora de escolher um produto para consumo as pessoas escolhem o melhor, na hora de escolher um salão de beleza ou uma loja para visitar, as pessoas escolhem os melhores. Todos escolhem o melhor, preferem o melhor e estão preparados para o melhor. Ninguém vai se preocupar em comprar para si mesmo algo de qualidade duvidosa ou não confiável. O sabão, o sabonete, a roupa, tudo melhor. Mas é lógico, não queremos qualquer objeto que não seja de qualidade boa.
Vocês já perceberam que muitas pessoas estão em busca do “mais, mais” e querem o melhor? Mas nem sempre estão dispostos a pagar o preço merecido. Vão à costureira e escolhem o modelo mais bonito, este dá mais trabalho e requer mais material para fazê-lo. Chamam um técnico de informática ou da máquina de lavar, geladeira, dentre outras máquinas e querem que sejam o mais bem conceituado técnico e que, além disso, tenha boas referências. Contratam um jardineiro que tenha uma “boa mão para a terra”. Não é tão difícil de entender.
Quantas vezes vimos ou sabemos de alguém que disse que os serviços são muito caros, que desse jeito não dá, que no outro profissional é mais barato. Colocamos inúmeros obstáculos para compensar uma pessoa por um serviço bem feito que tenha uma boa durabilidade e uma ótima eficiência. É bom que cada um de nós nos coloquemos no lugar das pessoas que estão prestando aquele serviço.
Na Educação é muito parecido. As pessoas estão às portas de prestar um concurso ou vestibular, procuram um professor particular, acreditam que ele fará milagres às vésperas do exame, querem ser aprovadas. E na hora de pagar a conta? Querem preços baixos e boa qualidade nas aulas. Muitas vezes a pessoa que procurou o professor não tem aptidão para estudar aquele assunto, não gosta mesmo, nunca aprendeu na época da escola porque não gostava daquela disciplina e não queria remunerar bem aquele professor, ou pelo menos pagar o que lhe foi cobrado. Assim é fácil querer cada vez mais.
Algumas mães querem contratar professores particulares para os seus filhos e não querem pagar o valor merecido. Aula em domicílio acarreta tempo de idas e vindas do profissional. Mas quanto custa a educação dos seus filhos? Será que você pode procurar qualquer um para ensinar ou quer realmente um profissional competente? Até que ponto é interessante procurar um professor para ensinar conteúdos aos seus filhos? E porque não procurar um professor que prime em subsidiar a aprendizagem e o pensar dos seus filhos?
Artigo publicado no jornal Tribuna Independente em 10.9.2010
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