Roselene Nunes de Lima
Os atores e as atrizes desempenham uma atividade maravilhosa, que é a arte de representar, portanto para que isso ocorra é preciso decorar textos, muitos textos. Mesmo assim, alguns, às vezes, esquecem as suas falas, ficam perdidos e repetem a cena, se essa cena for gravada. Mas se for ao teatro não se sabe bem o que ocorre, até improvisam.
Vamos deixar a arte de decorar para os profissionais que precisam disso, pois os nossos alunos não precisam decorar nada, precisam pensar e criar. Tabuada decorada é tabuada não compreendida. Se não ocorrer a compreensão, então para quê decorar? Se nós mostrarmos aos nossos alunos a importância de conhecer e aprender; socializar e praticar, então teremos alcançado o estudo compreendido da tabuada.
Temos um número muito grande, até incontável, de mães e pais dos nossos alunos com aquela neura com os filhos, forçam-os a andar com a tabuada para que seja decorada, não importando a idade da criança, alguns até acreditam que se seus filhos souberem a tabuada conseguirão fazer os problemas e saberão pensar. Será? Use a calculadora para resolver um problema e veja se ela lhe será útil se você não souber o caminho para resolver este problema. O computador, a calculadora, os equipamentos eletrônicos não funcionarão se não soubermos pensar para colocá-los em funcionamento. Operar um aparelho exige, pelo menos, que pensemos ao ler o manual.
A calculadora nos abreviará o tempo de resolução de um determinado problema, não resolverá cálculos por si só, ela é uma máquina que não pensa, é comandada por quem pensa. Pressão psicológica não faz as pessoas assimilarem este ou aquele conteúdo, a boa ideia é sugerir que o aluno estude, principalmente o adolescente, não é importante apenas impor. Precisamos dar exemplos e incentivar os nossos jovens ao interesse coletivo ao pensar e ao raciocinar e concretizar.
Aos pais e professores tradicionais é importante mostrar que as crianças aprendem a tabuada apenas resolvendo as questões de raciocínio lógico, elas memorizarão a tabuada simplesmente em consultá-la, não dá trabalho, não precisa forçá-las a isso e elas ficam mais livres para pensar e concretizarem.
A melhor forma de fazer o aluno memorizar a tabuada não é fazer um monte de “arme e efetue”, como antigamente, pois é cansativo e não levará a aprendizagem útil e necessária para que ele vivencie outras situações no dia a dia, a melhor forma é levar ao conhecimento dele um leque de atividades lúdicas que elabore o pensar. Mudemos para melhor!
Artigo publicado no jornal Tribuna Independente no dia 2.9.2010
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