Roselene Nunes de Lima
Vocês já receberam e-mails com avaliações corrigidas pelos professores, aquelas chamadas de pérolas? Na verdade não são somente avaliações corrigidas pelos professores, são avaliações muito bem criticadas em momentos não oportunos. Daí que fica aquele passa para um e passa para outro, até tem gente que recebe a mesma mensagem várias vezes. Todos riem. É a mangação coletiva, sem reflexão, sem critério de observação, aquilo ligado ao senso comum e grotesco. A impressão que nos dá é que até profissionais bons participam deste momento inusitado e infeliz. E quem disse que doutor nesta ou naquela área não ri também? Já nasceram doutores?
Muitas das respostas dos alunos as perguntas são bem lógicas, pois algumas perguntas são ilógicas, são mal formuladas e medíocres. Quantos professores não se colocam num pedestal, pensando estarem acima do bem e do mal? Falam e fazem um monte de comentários maldosos com os seus alunos. E aquele tal de falar de um aluno que não consegue ser bom na sua matéria. Às vezes os faladores não se lembram que têm filhos e que eles não são tão bons assim, talvez sejam mais medíocres que seus alunos que não estudam naquela escola pública que eles dão aulas. Estes professores, que menosprezam seus próprios alunos, não admitem, portanto, que seus filhos sejam criticados pelos professores deles e logo vão à escola para falar com a direção, afirmam que seus filhos foram maltratados. Será que falam para os pais dos seus alunos que os maltrataram? Ninguém diz que bateu, só diz que apanhou.
Outro e-mail que nos chega é o da desgraça alheia. Cansei de receber e devolver sem ler ou ver um monte de mensagens sangrentas ou depreciando sexualmente uma pessoa. Quanto preconceito! Ainda comento na devolução que não dá para viver num país com tanta desigualdade social e intelectual sendo conivente com mensagens que só desprezam as pessoas que aqui vivem. As pessoas recebem aquele monte de mensagens “explosivas” com tanta desgraça e riem, enviam para as outras pessoas e, ainda acham que todos vão achar legal, formidável, maravilhoso,... Enganam-se! Precisamos ter muito cuidado com e-mails infames, isso nos faz mal, ficamos péssimos, não evoluímos e nem percebemos isso, colocamos nossa nação no fundo do poço, passamos a pensar coletivamente para pior, entramos em colapso.
Atenção alunos, não permitam que os professores de vocês, aqueles que são mal preparados, detonem com o intelectual de vocês, que está em formação, aprendizagem contínua, defendam-se, mostrem-se conscientes, apresentem-se como seres que estão em constante evolução intelectual e espiritual.
Artigo publicado no jornal Tribuna Independente em 25.8.2010
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
JOGO COM DADOS: NUNCA TRÊS
JOGO COM DADOS: NUNCA TRÊS
Nível: a partir do 3º ano
Conteúdos: agrupamento com soma, aquisição do conhecimento das cores, operações matemáticas, estratégia e atenção.
Participantes: 2 ou mais.
Material: 1 dado, muitas fichas nas cores amarela, vermelha, azul e verde.
REGRAS
1. Escolha quem vai começar.
2. Jogue o dado e pegue uma ficha amarela para cada ponto feito.
3. Juntando 3 fichas amarelas, troque por uma ficha vermelha.
4. Continue sempre pegando fichas amarelas e trocando assim:
3 amarelas = 1 vermelha
3 vermelhas = 1 verde
3 verdes = 1 azul
5. Ganha o jogo quem pegar primeiro a ficha azul.
Sugestão: pode-se colocar um “juiz”.
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Drogas na internet
Roselene Nunes de Lima
A Lei Maria da Penha é sempre citada pela mídia quando acontece violência física, geralmente praticada de marido para sua mulher. A justiça logo cuida daquele agressor que se mete em confusão nos bares ou esquinas com bebidas alcoólicas. É um tal de entrar na justiça contra um ou outro. As agressões estão em toda parte. O conselho tutelar atua para defender o menor infrator e o menor agredido fisicamente.
Bem, vocês já perceberam que a agressão física vem sempre sendo tratada com punição? Tem até uma máxima que as pessoas dizem quando são assaltadas ou têm a casa arrombada por contraventores da lei: “não houve agressão física, ninguém se machucou, só levaram os bens materiais”. É bom sair da mesmice. As pessoas ficam marcadas para sempre, houve agressão sim, aquela que o corpo não cura, é preciso de muito cuidado e tempo para se voltar ao quase normal. Há casos de pessoas que ficam com síndrome do pânico ou fortes traumas psicológicos depois da invasão de sua privacidade num assalto.
Agora sairemos do mundo físico e vamos ao mundo virtual, o da internet, onde acontece todo tipo de “droga”, é claro que a internet de que se fala não é a instrutiva, sim a depreciativa – infelizmente muito bem usada. Outro dia uma pessoa adulta filmou uma garota, em Maceió, fazendo sexo oral com o amiguinho e logo colocou na internet. O ambiente não era seguro, eles vacilaram – como os adolescentes falam – e foram flagrados. Todos comentaram e até aproveitaram para dar opinião na vida da garota, nessa hora todo mundo sabe o que fazer sem estar no caso. Como é fácil estar de fora e dar opinião! Qual é o direito que essa pessoa adulta tem em divulgar imagens degradantes, ao ar livre, de dois jovens? Todo o mundo tem acesso as cenas, reproduzem em seus celulares e fazem questão de mostrar aos colegas. E se fosse sua filha ou seu filho?
Pela internet se vende produtos e pessoas, crianças são vítimas de agressores não físicos, adultos se viciam em mentir – se for sonhar... – e fazer tantas falcatruas. Não dá para enxergar a internet como a maior fonte de informação instantânea, apenas.
Vídeos, áudios, fotos, comentários, xingamentos etc. Qual é a punição para esses casos? Não se sabe ao certo quem praticou o ato criminoso, quem foi que expôs essas pessoas e as ridicularizou. De que forma nos sentiremos com tanta depreciação aberta ao público?
Artigo publicado no jornal Tribuna Independente em 17.8.2010
A Lei Maria da Penha é sempre citada pela mídia quando acontece violência física, geralmente praticada de marido para sua mulher. A justiça logo cuida daquele agressor que se mete em confusão nos bares ou esquinas com bebidas alcoólicas. É um tal de entrar na justiça contra um ou outro. As agressões estão em toda parte. O conselho tutelar atua para defender o menor infrator e o menor agredido fisicamente.
Bem, vocês já perceberam que a agressão física vem sempre sendo tratada com punição? Tem até uma máxima que as pessoas dizem quando são assaltadas ou têm a casa arrombada por contraventores da lei: “não houve agressão física, ninguém se machucou, só levaram os bens materiais”. É bom sair da mesmice. As pessoas ficam marcadas para sempre, houve agressão sim, aquela que o corpo não cura, é preciso de muito cuidado e tempo para se voltar ao quase normal. Há casos de pessoas que ficam com síndrome do pânico ou fortes traumas psicológicos depois da invasão de sua privacidade num assalto.
Agora sairemos do mundo físico e vamos ao mundo virtual, o da internet, onde acontece todo tipo de “droga”, é claro que a internet de que se fala não é a instrutiva, sim a depreciativa – infelizmente muito bem usada. Outro dia uma pessoa adulta filmou uma garota, em Maceió, fazendo sexo oral com o amiguinho e logo colocou na internet. O ambiente não era seguro, eles vacilaram – como os adolescentes falam – e foram flagrados. Todos comentaram e até aproveitaram para dar opinião na vida da garota, nessa hora todo mundo sabe o que fazer sem estar no caso. Como é fácil estar de fora e dar opinião! Qual é o direito que essa pessoa adulta tem em divulgar imagens degradantes, ao ar livre, de dois jovens? Todo o mundo tem acesso as cenas, reproduzem em seus celulares e fazem questão de mostrar aos colegas. E se fosse sua filha ou seu filho?
Pela internet se vende produtos e pessoas, crianças são vítimas de agressores não físicos, adultos se viciam em mentir – se for sonhar... – e fazer tantas falcatruas. Não dá para enxergar a internet como a maior fonte de informação instantânea, apenas.
Vídeos, áudios, fotos, comentários, xingamentos etc. Qual é a punição para esses casos? Não se sabe ao certo quem praticou o ato criminoso, quem foi que expôs essas pessoas e as ridicularizou. De que forma nos sentiremos com tanta depreciação aberta ao público?
Artigo publicado no jornal Tribuna Independente em 17.8.2010
domingo, 15 de agosto de 2010
Origami
ORIGAMI arte de brobrar
ORI = deriva do desenho de uma mão e significa dobrar e
KAMI = deriva do desenho de seda e significa papel e espírito de Deus
As duas palavras quando se juntam formam origami.
É importante ensinar as crianças a partir de 3 anos, pois ajuda a desenvolver as habilidades com os dois lados do cérebro.
Veja as fotos dos trabalhos com alunos.
ORI = deriva do desenho de uma mão e significa dobrar e
KAMI = deriva do desenho de seda e significa papel e espírito de Deus
As duas palavras quando se juntam formam origami.
É importante ensinar as crianças a partir de 3 anos, pois ajuda a desenvolver as habilidades com os dois lados do cérebro.
Veja as fotos dos trabalhos com alunos.
Professora Janaína |
Professora Janaína ensinando aos alunos |
Profª Rose, Profª Janaína e um aluno |
Mon-Kiri
Mon-Kiri: arte chinesa e japonesa existente há 1500 anos. Consiste dobrar um círculo ao meio e depois ao meio outra vez, ou seja, fazer do círculo aparecer um quarto. Pode-se a partir daí explicar aos alunos 100%, 50% e 25%.Depois desenhar na parte dobrada e cortar. Quando abrir colar num quadrado proporcional (sendo maior) ao círculo. Fizemos com os alunos e as cursistas. O mon-kiri não tem idade para se praticar.
Podemos trabalhar com os alunos conceitos de fração, porcentagem, dobro, triplo, quáduplo, metade, terça parte e muito mais.
Podemos trabalhar com os alunos conceitos de fração, porcentagem, dobro, triplo, quáduplo, metade, terça parte e muito mais.
Quando você for a casa de quem gosta pode levar um como mensagem de felicadade e sucesso.
Rose e Janaína
Professora Janaína |
Professora Rose e alunos |
sábado, 14 de agosto de 2010
Você não quer nada com a vida!
Roselene Nunes de Lima
Quem é da área de Educação já ouviu muito (ou falou) sobre algum aluno, que esse não quer nada com a vida pelo fato dele não se adequar ao seu método de dar aula, por estar desatento, por fazer perguntas imaturas ou mesmo de não se comportar de acordo com sua disciplina imposta.
Nem precisa ser da área de Educação, muita gente deprecia um ou outro jovem com a frase infeliz que este ou aquele jovem não quer nada com a vida. É perceptível que as pessoas, muitas vezes, repetem apenas o que ouviram da sua adolescência e não gostaram, mas fazem com outras pessoas, diminuem sua autoestima.
Se nosso aluno não quer nada com a vida, então vai querer com a morte? O que é querer alguma coisa com a vida, do ponto de vista da crítica popular?
Inúmeras vezes escutamos um profissional da Educação falando, de forma equivocada, esta frase. De que forma podemos ter alunos elevando a autoestima se esses não forem bem tratados e bem estimulados? Exigimos muito, mas precisamos dar mais de nós aos nossos alunos. Precisamos dar mais de nós aos nossos filhos, as nossas crianças e começar a entender que os alunos às vezes não querem, no momento, se dedicar aos estudos, mas quer sim, algo com sua própria vida com alguma coisa, ou seja, está interessado em outros desejos. Educação não é adquirida somente na escola, a escola é uma ponte para a aquisição do conhecimento. Porque família e sociedade não prestam atenção no que estão fazendo para depois reclamar (se for o caso) com os nossos jovens?
Nós, enquanto educadores, precisamos dialogar com os alunos de forma prazerosa, que dê a ele subsídio ao conhecimento e a conquista de novos saberes. De forma que o depois não se revele em um “desastre”. Lidar com crianças e adolescentes é lidar com mudanças constantes, dúvidas, desafios, variação de humor e de ideias.
Todos nós queremos alguma coisa com a vida, não importa se o que queremos é bom ou ruim. Sabemos de pessoas que seguiram caminhos ilícitos e outras que são lícitas, independente de ter estudado em escola. Alguns gênios foram “condenados” pelos professores e pela sociedade e, mesmo assim, foram gênios. Precisamos ter um olhar mais atencioso e delicado para os nossos alunos, eles precisam e merecem esta atenção.
Precisamos buscar inspiração, (re) criar nossas aulas, incluir ludicidade na escola, colocar nossos alunos como atores principais na educação escolar, fazê-los criar e explorar os horizontes, valorizar e construir com eles seus fazeres e suas criações.
Nossos alunos querem atenção e carinho, quando são adolescentes querem contrariar também, portanto, podemos falar a língua deles, conquistá-los e tê-los como aliados no processo de educação escolar. Nossas crianças e adolescentes mais tarde serão adultos e não queremos qualquer adulto. Tudo pode ser melhor. Depende mais do adulto, o líder, o (a) professor (a). Os alunos aprendem mais com as nossas atitudes do que com nossas aulas.
Pense nisso!
Artigo publicado no jornal Tribuna Independente em 23.2.2010
Quem é da área de Educação já ouviu muito (ou falou) sobre algum aluno, que esse não quer nada com a vida pelo fato dele não se adequar ao seu método de dar aula, por estar desatento, por fazer perguntas imaturas ou mesmo de não se comportar de acordo com sua disciplina imposta.
Nem precisa ser da área de Educação, muita gente deprecia um ou outro jovem com a frase infeliz que este ou aquele jovem não quer nada com a vida. É perceptível que as pessoas, muitas vezes, repetem apenas o que ouviram da sua adolescência e não gostaram, mas fazem com outras pessoas, diminuem sua autoestima.
Se nosso aluno não quer nada com a vida, então vai querer com a morte? O que é querer alguma coisa com a vida, do ponto de vista da crítica popular?
Inúmeras vezes escutamos um profissional da Educação falando, de forma equivocada, esta frase. De que forma podemos ter alunos elevando a autoestima se esses não forem bem tratados e bem estimulados? Exigimos muito, mas precisamos dar mais de nós aos nossos alunos. Precisamos dar mais de nós aos nossos filhos, as nossas crianças e começar a entender que os alunos às vezes não querem, no momento, se dedicar aos estudos, mas quer sim, algo com sua própria vida com alguma coisa, ou seja, está interessado em outros desejos. Educação não é adquirida somente na escola, a escola é uma ponte para a aquisição do conhecimento. Porque família e sociedade não prestam atenção no que estão fazendo para depois reclamar (se for o caso) com os nossos jovens?
Nós, enquanto educadores, precisamos dialogar com os alunos de forma prazerosa, que dê a ele subsídio ao conhecimento e a conquista de novos saberes. De forma que o depois não se revele em um “desastre”. Lidar com crianças e adolescentes é lidar com mudanças constantes, dúvidas, desafios, variação de humor e de ideias.
Todos nós queremos alguma coisa com a vida, não importa se o que queremos é bom ou ruim. Sabemos de pessoas que seguiram caminhos ilícitos e outras que são lícitas, independente de ter estudado em escola. Alguns gênios foram “condenados” pelos professores e pela sociedade e, mesmo assim, foram gênios. Precisamos ter um olhar mais atencioso e delicado para os nossos alunos, eles precisam e merecem esta atenção.
Precisamos buscar inspiração, (re) criar nossas aulas, incluir ludicidade na escola, colocar nossos alunos como atores principais na educação escolar, fazê-los criar e explorar os horizontes, valorizar e construir com eles seus fazeres e suas criações.
Nossos alunos querem atenção e carinho, quando são adolescentes querem contrariar também, portanto, podemos falar a língua deles, conquistá-los e tê-los como aliados no processo de educação escolar. Nossas crianças e adolescentes mais tarde serão adultos e não queremos qualquer adulto. Tudo pode ser melhor. Depende mais do adulto, o líder, o (a) professor (a). Os alunos aprendem mais com as nossas atitudes do que com nossas aulas.
Pense nisso!
Artigo publicado no jornal Tribuna Independente em 23.2.2010
Educação e crítica
Roselene Nunes de Lima
A crítica pela crítica não faz ninguém – que é criticado – crescer. O crescimento se dá quando se critica dando subsídio ao crescimento, a aquisição de conhecimento, a aprendizagem significativa e a um bom entendimento nas relações interpessoais.
Sempre tem uma pessoa que critica um colega de profissão, julgando ser incompetente, irresponsável ou sem criatividade, no entanto, não mostra prováveis soluções para prováveis equívocos. Não ajuda e, muitas vezes, atrapalha. Ficando aquele mal estar no âmbito do trabalho ou familiar, não contribuindo para um convívio interessante e saudável.
Somos todos muito diferentes, a diversidade é grande, as diferenças estão em todos os aspectos, sejam relacionados à cor da pele, a sexualidade, ao gosto musical. Enfim, situações que não diminuem ninguém e às vezes incomodam algumas pessoas fazendo delas ferrenhas críticas ausentes de critérios ou argumentos válidos.
Um motorista critica outro por fazer uma “barbeiragem” no trânsito, um policial critica outro por ser corrupto, um médico critica outro por passar um medicamento que não passaria, um professor critica aquele que adota um livro que julga ser tradicional ou sociointeracionista, além de criticar a sua forma de lecionar.
Nós, professores, criticamos nossos alunos por eles terem defeitos. E as qualidades, aonde foram parar? Onde estão? Será que nós só “malhamos” as pessoas? Muitas vezes deveríamos nos colocar no lugar de um aluno ou colega de trabalho, assim suavizaríamos mais um pouco nossos comentários – às vezes maldosos.
Na hora de criticarmos exacerbadamente precisamos refletir o antes, o durante e o depois. O que leva uma pessoa a ser deste ou daquele jeito? Precisamos ter conhecimento de mundo, mas sem conhecermos as pessoas, suas frustrações, seus limites e seus anseios, nada adianta para convivermos com elas.
Você que é pai, mãe, tio avó, avô ou amigo gostaria que seu parente fosse criticado sem que aquela pessoa que critica o conheça realmente? É importante criticar desde que haja coerência nos comentários. É imprescindível conhecer as pessoas e os fatos antes de criticá-los.
Se estivermos falando a mesma língua, essa crítica ilógica não parece com preconceito? O preconceito tão abominado por quem critica e é criticado? Somos tão discriminadores, estamos sempre olhando o erro alheio e nos esquecendo dos nossos. Somos contraditórios?!
Artigo publicado no jornal Tribuna Independente em 25.3 2010
A crítica pela crítica não faz ninguém – que é criticado – crescer. O crescimento se dá quando se critica dando subsídio ao crescimento, a aquisição de conhecimento, a aprendizagem significativa e a um bom entendimento nas relações interpessoais.
Sempre tem uma pessoa que critica um colega de profissão, julgando ser incompetente, irresponsável ou sem criatividade, no entanto, não mostra prováveis soluções para prováveis equívocos. Não ajuda e, muitas vezes, atrapalha. Ficando aquele mal estar no âmbito do trabalho ou familiar, não contribuindo para um convívio interessante e saudável.
Somos todos muito diferentes, a diversidade é grande, as diferenças estão em todos os aspectos, sejam relacionados à cor da pele, a sexualidade, ao gosto musical. Enfim, situações que não diminuem ninguém e às vezes incomodam algumas pessoas fazendo delas ferrenhas críticas ausentes de critérios ou argumentos válidos.
Um motorista critica outro por fazer uma “barbeiragem” no trânsito, um policial critica outro por ser corrupto, um médico critica outro por passar um medicamento que não passaria, um professor critica aquele que adota um livro que julga ser tradicional ou sociointeracionista, além de criticar a sua forma de lecionar.
Nós, professores, criticamos nossos alunos por eles terem defeitos. E as qualidades, aonde foram parar? Onde estão? Será que nós só “malhamos” as pessoas? Muitas vezes deveríamos nos colocar no lugar de um aluno ou colega de trabalho, assim suavizaríamos mais um pouco nossos comentários – às vezes maldosos.
Na hora de criticarmos exacerbadamente precisamos refletir o antes, o durante e o depois. O que leva uma pessoa a ser deste ou daquele jeito? Precisamos ter conhecimento de mundo, mas sem conhecermos as pessoas, suas frustrações, seus limites e seus anseios, nada adianta para convivermos com elas.
Você que é pai, mãe, tio avó, avô ou amigo gostaria que seu parente fosse criticado sem que aquela pessoa que critica o conheça realmente? É importante criticar desde que haja coerência nos comentários. É imprescindível conhecer as pessoas e os fatos antes de criticá-los.
Se estivermos falando a mesma língua, essa crítica ilógica não parece com preconceito? O preconceito tão abominado por quem critica e é criticado? Somos tão discriminadores, estamos sempre olhando o erro alheio e nos esquecendo dos nossos. Somos contraditórios?!
Artigo publicado no jornal Tribuna Independente em 25.3 2010
Educação inclusiva existe?
Roselene Nunes de Lima
Uma mãe quando tem um bebê pode cuidar dele sozinha ou, muitas vezes, tem uma auxiliar para ajudá-la nas tarefas diárias – que são muitas. Quando não tem apenas um bebê, são dois ou três, fica impossível de dar atenção e cuidados sozinha. Agora, ponha-se no lugar de uma professora ou professor cuidando de 35, 40 ou até mais alunos, todos na mesma sala de aula, com idades muito parecidas e necessidades tão divergentes.
Conseguiu entrar nesta situação? Se conseguiu, você sabe muito bem do que está se dizendo, mas se não conseguiu, vamos aos detalhes. Todas as necessidades estão nas crianças e adolescentes. São muito agitados, interessados, ansiosos, urgentes, participativos, brincalhões e um monte de qualidades juntas. Mas, o que se menciona diz respeito aos alunos ditos normais, alunos que já precisamos dar muita atenção e estudar muito para aprender a lidar com eles.
Entremos agora no campo do aluno portador de necessidades especiais, aquele que precisamos ter tudo mais, mais paciência, mais horas de estudos, mais jeito, dispor de mais tempo com ele, ter mais entrosamento, mais e mais... Temos dificuldade mesmo! Com os nossos alunos passamos a conhecê-los depois de certo período de convivência, muitas vezes nem temos tempo de conhecê-los num ano letivo, pois são muitos e são mutáveis.
Está comprovado que colocando alunos portadores de necessidades especiais para estudar com alunos ditos normais na mesma sala de aula estes rendem mais, melhoram o desempenho escolar e se socializam muito rapidamente, evoluem bem cognitivamente. Mas, nem sempre há a felicidade de alunos especiais estarem estudando com alunos ditos normais, pois sabemos que existem desinformação, preconceito, discriminação e rejeição por parte de pais ou escolas.
Muitos pais têm preconceito com o próprio filho, dizendo que o filho não é como dizem e não precisam de ajuda. Fincam o pé e interrompem a evolução dele, não admitem ou não aceitam que essa criança tem dificuldades.
Nós, professores, estamos pouco preparados para lidar com as situações mencionadas, temos alguns cursos de aperfeiçoamento, mas não temos poucos alunos nas salas de aula. Faltam salas multifuncionais especializadas para lidar com esses alunos, faltam psicólogos, assistentes sociais, assistentes de sala, dentre outros profissionais, para nos dar o apoio que precisamos e serem nossos parceiros no dia a dia.
Além de tantos contras, na época em que vivemos não temos muito tempo para fazer uma educação de tão boa qualidade quanto se precisa, porque temos que ser delegadas e delegados nas escolas, pois a onda de violência não nos deixa fazer uma educação com paz.
Artigo publicado no jornal Tribuna Independente em 8.4.2010
Educação, consumismo e lixo
Roselene Nunes de Lima
Nós, professores, estamos sempre lutando contra os nossos arqui-inimigos, dentro da escola ou fora dela. Eles nos incomodam, atrapalham nosso trabalho educacional, desfazem o que fazemos bem feito, desviam nossos alunos do caminho funcional, lógico e educacional que traçamos.
Consumismo, este é um dos grandes vilões do século 21. Aluno descolado usa celular com câmera, TV, mp3, internet (...) não usa roupas de marcas desconhecidas entre os jovens, vão a praia com sandálias caras senão vai ser o maior mico. Na casa deles todos os cômodos têm televisão, mp3, mp7, mp15(...) computador tem mais de um. Uma modernidade com exageros sem fim.
Agora a TV de tela plana saiu de circulação, quem tem é careta. O bom é ver HDTV com uma super TV de LCD – às vezes nem sabem o que significam as siglas. Troca, troca e mais troca desse monte de aparelhos que têm a facilidade tecnológica de se tornarem obsoletos tão rapidamente e virarem lixo eletrônico.
Compra-se muito, usa-se cheque especial, cartão de crédito, empréstimo consignado, até se ganham os produtos de uma pessoa querida que, por sua vez, também se sacrifica para comprar e satisfazer o prazer do consumo.
A montanha de lixo que vai formando com essa troca de materiais que já estão ultrapassados ninguém imagina. Já pensaram para aonde vai tanto produto obsoleto descartado – puro lixo? Toneladas e mais toneladas, afinal somos mais de 170 milhões de habitantes no Brasil.
Viramos consumistas de refrigerantes – jogamos os pet’s vazios em qualquer canto – e de alimentos industrializados, nem sabemos por que estamos com tantas alergias e problemas diversos do comprometimento da saúde. Não queremos pensar na resolução dos problemas diários porque dá trabalho e muitas pessoas já estão pensando por nós.
Estamos nos deparando com pessoas que não sabem fazer conta, pois “um copinho jogado na praia é besteira, não dá para matar os peixes”. Mas, as pessoas não estão pensando em um milhão de copinhos que um milhão de pessoas jogam na praia.
Vem uma campanha, promovem-se mais campanhas para livrar nosso mundo do desmatamento, do consumismo irresponsável, da escassez da água potável, das queimadas. Estamos sempre preocupados em deixar o planeta mais puro para daqui a cem anos ainda existir vida saudável, queremos um mundo melhor para nossas crianças, mas será que estamos formando crianças melhores para o mundo?
Estamos em perigo: hoje a sociedade do consumo e amanhã a sociedade do lixo.
Artigo publicado no jornal Tribuna Independente em 14.4.2010
Por que alunos recebem tantas suspensões?
Roselene Nunes de Lima
Nós estamos sempre querendo ter razão quando o assunto é educação dos nossos alunos. Queremos dar os passos, liderar, orientar, iniciar e findar. Não percebemos que nossas aulas, muitas vezes, precisam ser criticadas e avaliadas pelos nossos principais clientes: os alunos. Só podemos ser criticados pelas pessoas que conhecem o nosso trabalho. Os pais ou responsáveis têm uma ideia de como é o nosso comportamento na sala de aula, mas não conhecem verdadeiramente, somente os diretamente beneficiários das aulas são os que têm esse poder.
Um aluno leva uma bronca, um grito, uma reprimenda, “um puxão de orelha”,..., e quantas vezes na frente dos seus colegas? Deixamos até de contar, pois quando éramos crianças escolares presenciamos muito disso, era frustrante para todos nós, uns entravam na onda e mangavam dos colegas reprimidos, outros baixavam a cabeça e pronto, o mundo acabou naquela hora. Eram basicamente duas facções: a da professora com alguns alunos concordando com ela e a outra facção dos alunos, ditos ousados, que discordavam plenamente das atitudes autoritárias e desnecessárias para tal ocorrido.
Muitas vezes, nossos alunos estão felizes pelo fato de seus pais estarem bem conjugalmente, porque vão a um passeio ou vão participar de atividade prazerosa e se soltam com exageros, falam alto, gritam mesmo, sabem expressar seus sentimentos com sorrisos ou aquele baita bom humor que às vezes exagera demais e precisamos dar um freio. Calma aí no freio! Usar o freio não é puxar o arreio. Temos que socializar e educar nossos alunos, pois se não fizermos dessa forma iremos precisar ressocializar e reeducar. Quem é que quer fazer isso? Pessoas que cometem atos ilícitos são as que precisam de ressocialização e não nossos alunos, que são maravilhosos, não é verdade?
Que metodologia teremos que lançar mão para não perdermos a razão? Nós precisamos educar nossos alunos com o mesmo esmero que uma mãe zelosa ou um pai zeloso tem. Educar aqueles que convivem conosco algumas tardes como se convivessem todos os dias, esperando deles coisas tão boas e agradáveis como esperamos de nossos filhos, dando a eles os bons ensinamentos com muita paciência, a mesma que damos aos nossos filhos. Não dói, embora seja difícil é possível e precisamos disso.
Alguns alunos são suspensos pelos professores por motivos banais. Naquele dia (ou em muitos outros dias) o professor não estava bem por algum motivo pessoal, esqueceu que o aluno também tem problema pessoal, profissional – se este trabalha – ou de relacionamento e aplicou-lhe uma suspensão: “só entra com a sua mãe!”. Ele estava brincando e se esbaldando com uma notícia boa que soube, comemorou muito. Não teve intenção de machucar ninguém. Pena que foi assim! Por que o professor não pode ser suspenso pelo aluno?
Artigo publicado no jornal Tribuna Independente em 23.4.2010
Educação de qualidade com jogos e brincadeiras
Roselene Nunes de Lima
As brincadeiras e os jogos transformam os sentimentos das pessoas, exteriorizam suas vontades, necessidades, cognição, percepção, estratégia e um sem número de tantas qualidades. É no brincar que crianças, adolescentes e adultos expõem todas as suas qualidades, aprendem a se expressar, a criar, a se socializar e a compartilhar. É nesse momento que todos nós nos soltamos, mostramos o nosso verdadeiro “eu”, somos nós mesmos. Às vezes temos até surpresas com as pessoas, nem acreditamos que elas foram capazes disso ou daquilo, as reações são diversas.
Com jogos e brincadeiras passamos a conhecer as pessoas, seu comportamento e suas estratégias. Quando esses jogos e brincadeiras passam a ter um caráter educacional, seja pedagógico ou andragógico, os educadores passam a ter mais uma ferramenta educacional a seu favor, pois o momento de cognição, socialização e estratégia passa a ser mais intenso do que nos dias de aulas apenas expositivas, com conteúdos.
Se os professores conseguirem unir os jogos e as brincadeiras com os conteúdos da matriz curricular, então o ganho será bem maior tanto para educandos quanto para educadores.
Um filme, um quebra-cabeça, um jogo ou uma brincadeira fazem verdadeiros milagres no cotidiano dos nossos alunos, passamos a conhecer os conteúdos atitudinais dos alunos e passamos a aprender a lidar da melhor forma possível com eles, sem contar que os jogos e brincadeiras ajudam as pessoas a mobilizarem suas operações mentais: tomar atitudes, ter paciência com a outra pessoa, observar e respeitar o seu(s) comportamento(s), ter ou criar estratégias e saber analisá-las. É nesse momento que eles aprendem muito, inclusive a ter respeito pelas pessoas e pelas regras estabelecidas na sociedade.
Infelizmente alguns pais e mesmo alguns professores desconsideram a educação lúdica, não percebem que esta forma de educar é uma excelente alternativa para melhorar a prática escolar e recebermos respostas positivas para situações difíceis. Muitas vezes ironizam dizendo que a professora ou professor está enrolando a aula: “a aula hoje não foi nada não, o meu filho só brincou e participou de alguns jogos”. Nesta situação cabe aos professores conversarem com os pais e comunicarem a prática pedagógica da sua aula, é importante que nós nos apresentemos aos pais dos nossos alunos, falemos da nossa metodologia e convençamos esses pais ao ponto deles se tornarem nossos aliados no processo educacional. Precisamos de parceiros e, nada melhor que serem os alunos e seus pais ou responsáveis.
Enquanto a educação for tratada com ironia, desprezo e despreparo das pessoas que acham que entendem de educação dando opiniões infundadas não teremos qualidade e excelência. Você pode descobrir muito mais de um aluno em uma aula com brincadeira e jogo do que em um ano letivo inteiro só dando conteúdos.
Artigo publicado no jornal Tribuna Independente em 28.4.2010
Educação versus violência
Roselene Nunes de Lima
Já está se tornando rotina a mídia noticiar casos de violência na escola, seja violência física ou verbal. Adultos, crianças ou adolescentes, ninguém escapa das coisas ruins que a sociedade nos apronta. Aquele xingamento constante chamado de bulling, aquelas mangações com a mãe do colega: “a sua mãe é cachaceira” e “a sua é catadora de lixo”. As brigas por motivos alheios ao nosso entendimento, banais. Num momento houve briga por causa de namorado ou namorada, em outro momento a briga é porque uma pessoa olhou com a cara feia, chamou de gordo (a), deu um apelido maldoso, ou seja, motivos não faltam para que seja descontada a raiva com tapas, chutes, pontapés, beliscões e até arremesso de objetos pesados.
Cansamos! E agora, o que devemos fazer? Uma das coisas que nós, educadores e educandos, não podemos fazer é sermos omissos. Cada caso que omitimos é motivo do agressor se tornar forte e continuar a imperar na área. Teremos que achar uma saída para mais uma mazela da sociedade. Devemos estar cada vez mais atuantes, educando nossas crianças com muita cautela, pois do jeito que está os pais sozinhos não estão conseguindo fazer.
Muita gente sente falta da educação de 30 ou 40 anos atrás, dizem que todos aprendiam com paz. Na verdade o que as pessoas sentem falta é de que as crianças tenham pai e mãe (família) atuantes, não importa se estão juntos ou separados, mas que estejam tomando conta dos filhos e dando limites e estimulando-os para que tenham objetivos, e não fiquem achando que seus filhos são sempre inocentes e que são sempre vítimas por atos incidentais que possam vir acontecer.
Pois é, limites. Hoje os filhos não querem ouvir os pais, até porque muitas vezes os pais não respeitam os filhos e nem se respeitam. Limite não significa tirar todas as coisas que os filhos gostam de fazer, é impor um limite de horário para todas as atividades diárias de uma pessoa normal realizar. As famílias estão se desestruturando e os adolescentes evoluindo muito rapidamente e, infelizmente, partindo para um lado indesejado se projetando para, futuramente, cometerem atos ilícitos. Os objetivos relevantes estão sendo deixados de lado.
Naquela época os pais iam a escola saber se os seus filhos estavam bem e eram bem recebidos por eles, alunos ficavam orgulhosos por saberem que alguém da sua família esteve ou estava na escola. Hoje se uma mãe vai a escola saber se o filho adolescente está bem, ele logo diz: “que mico, minha mãe aqui, ela acha que sou criancinha.” E acabando com essas visitas às escolas, os filhos mais energéticos ficam muito soltos e se sentem o dono do “pedaço”.
Agora, por causa da violência crescente, a escola está resolvendo assuntos mais da ordem social do que da aprendizagem propriamente dita. O que ocorria antigamente beneficiava a aprendizagem escolar, porque naquela época os problemas sociais não precisavam de tanta atenção da escola.
Pais ou responsáveis pelos alunos matriculados, não passem a responsabilidade que é, principalmente, de vocês para os educadores e, lembrem-se que nem sempre os filhos de vocês são inocentes nos casos ocorridos. Por favor, vamos fazer a educação dessas crianças e adolescentes juntos, essa é uma parceria que dará certo.
Artigo publicado no jornal Tribuna Independente em 5.5.2010
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Abra a cabeça!
Roselene Nunes de Lima
Senso comum, este é o cadeado da cabeça de muita gente por aí. As crianças vão para escola com as cabecinhas “feitas” pelos familiares e lá, muitas vezes, nem mudam muito, galgam outros níveis escolares com o senso “melhorado”, mas comum, chegam à universidade e o conhecimento científico não ajuda muito. Quantos alunos não conseguem enxergar a solução de um problema por ter um pensamento muito infantilizado para exercer o cognitivo avançado? Nossos alunos decoram, ainda, muitas fórmulas e teoremas, esquecem que precisam, e muito, do conhecimento científico, do diálogo das ideias e aprofundamento nos assuntos e o pensar.
Não se está conseguindo passar num concurso apenas com os conteúdos que se aprendem nas escolas. Lógico! O que se exige é que os futuros funcionários saibam pensar, mas pensar nem todo mundo quer. Pensar não se ensina na escola, a escola apenas subsidia o ato de fazê-lo. Pensar exige de cada indivíduo um esforço em vários sentidos, tem que saber ler, escrever, resolver problemas e situações diárias. É importante ler, discutir determinados assuntos, perguntar, assistir aulas e bons filmes e documentários, não somente pensar que nós, professores, simples mortais, devemos colocar as ideias e sugestões nas cabeças pensantes, que são dos alunos.
Todos somos capazes, mas só se aprende quando se quer, tem que haver uma mobilização intrínseca para o saber, ou seja, o sujeito precisa está espontâneo para os conhecimentos e saberes. Ninguém ensina apenas. Só há ensino quando há aprendizagem. As campanhas de trânsito avisam que “se beber não dirija”, mas são inúmeros os acidentes por causa dos condutores embriagados, mesmo havendo conhecimento científico para essa constatação. Os pais defendem os filhos em todas as circunstâncias e esquecem que, às vezes, eles têm culpa por alguma coisa que fizeram, não deixam eles pensarem e chegarem à conclusão que erraram, então esses filhos vão sempre pensar que estão certos. Não pedem desculpas e não fazem uma reflexão dos seus atos, porque sempre são defendidos pelos pais a todo momento, por essa razão, crescem adultos indefesos e sempre achando que estão certos.
Nossos alunos não perdoam os colegas que erram, no entanto vivem errando aos montes e não se dão conta disso. Será que é o senso comum aprendido desde muito cedo, ainda quando muito pequenos? Não há uma autoavaliação, eles simplesmente não conhecem o que significa isso. A tarefa de avaliar os colegas é muito fácil, aquela fofoquinha, ver apenas um lado da história e pronto, agora é só espalhar o assunto e todos rirem a vontade dos colegas.
Outro dia num clube vi uma criança de uns 7 anos deixar a bola cair debaixo do carro, a bola não saiu e ela começou a pensar como tirá-la dali, depois de uns 2 minutos o pai da criança surgiu, sem perguntar ou falar nada, com uma vassoura e retirou a bola. Parabéns papai! O pai tirou o filho do sufoco. Esqueceu que esta tarefa deveria ser do filho, assim ele teria formulado sua teoria sobre a retirada da bola e o senso comum logo poderia sumir da sua cabeça, não deixou que a criança sistematizasse o problema dela naquele momento para ter uma solução. Mais tarde, esse pai cobra maturidade e a perda do pensamento comum da criança, exige que o filho seja um adulto quando ele próprio esqueceu de ensinar.
Vamos ensinar nossas crianças a serem gente de bem, inteligentes e pensantes desde cedo, não é difícil e nos dará um enorme prazer quando todas elas crescerem e já formarem outras crianças, até melhores. Não solucionem os problemas pelas crianças deixem-nas pensarem.
Artigo publicado no jornal Tribuna Independente em 11.5.2010
Senso comum, este é o cadeado da cabeça de muita gente por aí. As crianças vão para escola com as cabecinhas “feitas” pelos familiares e lá, muitas vezes, nem mudam muito, galgam outros níveis escolares com o senso “melhorado”, mas comum, chegam à universidade e o conhecimento científico não ajuda muito. Quantos alunos não conseguem enxergar a solução de um problema por ter um pensamento muito infantilizado para exercer o cognitivo avançado? Nossos alunos decoram, ainda, muitas fórmulas e teoremas, esquecem que precisam, e muito, do conhecimento científico, do diálogo das ideias e aprofundamento nos assuntos e o pensar.
Não se está conseguindo passar num concurso apenas com os conteúdos que se aprendem nas escolas. Lógico! O que se exige é que os futuros funcionários saibam pensar, mas pensar nem todo mundo quer. Pensar não se ensina na escola, a escola apenas subsidia o ato de fazê-lo. Pensar exige de cada indivíduo um esforço em vários sentidos, tem que saber ler, escrever, resolver problemas e situações diárias. É importante ler, discutir determinados assuntos, perguntar, assistir aulas e bons filmes e documentários, não somente pensar que nós, professores, simples mortais, devemos colocar as ideias e sugestões nas cabeças pensantes, que são dos alunos.
Todos somos capazes, mas só se aprende quando se quer, tem que haver uma mobilização intrínseca para o saber, ou seja, o sujeito precisa está espontâneo para os conhecimentos e saberes. Ninguém ensina apenas. Só há ensino quando há aprendizagem. As campanhas de trânsito avisam que “se beber não dirija”, mas são inúmeros os acidentes por causa dos condutores embriagados, mesmo havendo conhecimento científico para essa constatação. Os pais defendem os filhos em todas as circunstâncias e esquecem que, às vezes, eles têm culpa por alguma coisa que fizeram, não deixam eles pensarem e chegarem à conclusão que erraram, então esses filhos vão sempre pensar que estão certos. Não pedem desculpas e não fazem uma reflexão dos seus atos, porque sempre são defendidos pelos pais a todo momento, por essa razão, crescem adultos indefesos e sempre achando que estão certos.
Nossos alunos não perdoam os colegas que erram, no entanto vivem errando aos montes e não se dão conta disso. Será que é o senso comum aprendido desde muito cedo, ainda quando muito pequenos? Não há uma autoavaliação, eles simplesmente não conhecem o que significa isso. A tarefa de avaliar os colegas é muito fácil, aquela fofoquinha, ver apenas um lado da história e pronto, agora é só espalhar o assunto e todos rirem a vontade dos colegas.
Outro dia num clube vi uma criança de uns 7 anos deixar a bola cair debaixo do carro, a bola não saiu e ela começou a pensar como tirá-la dali, depois de uns 2 minutos o pai da criança surgiu, sem perguntar ou falar nada, com uma vassoura e retirou a bola. Parabéns papai! O pai tirou o filho do sufoco. Esqueceu que esta tarefa deveria ser do filho, assim ele teria formulado sua teoria sobre a retirada da bola e o senso comum logo poderia sumir da sua cabeça, não deixou que a criança sistematizasse o problema dela naquele momento para ter uma solução. Mais tarde, esse pai cobra maturidade e a perda do pensamento comum da criança, exige que o filho seja um adulto quando ele próprio esqueceu de ensinar.
Vamos ensinar nossas crianças a serem gente de bem, inteligentes e pensantes desde cedo, não é difícil e nos dará um enorme prazer quando todas elas crescerem e já formarem outras crianças, até melhores. Não solucionem os problemas pelas crianças deixem-nas pensarem.
Artigo publicado no jornal Tribuna Independente em 11.5.2010
Elogio não se leva para casa.
Roselene Nunes de Lima
Vocês já perceberam que muitas vezes nós recebemos um elogio de uma ou outra pessoa não diretamente? Como assim? Uma pessoa que dirige uma empresa ou mesmo um colega quando quer elogiar alguém prefere um momento em que esse alguém não esteja. Fala bem, elogia você para uma ou mais pessoas e não faz isso na sua frente. Daí que ouvimos um colega falar que “fulano falou muito bem de você”, esquece que poderia fazer esse elogio diretamente a você, porque elogio não se deve levar para casa, deve ser feito na mesma hora que sentimos necessidade de fazê-lo, é importante, faz bem para quem elogia e também a quem é elogiado.
Muitas vezes um professor ou uma professora acredita nos alunos, acha que eles são maravilhosos, mas não os elogia, talvez para que eles não fiquem vaidosos e passem a fazer o contrário. Nas reuniões, os alunos são elogiados por um ou mais professores, mil qualidades, os defeitos sobrepostos por tantas coisas boas, aquele desconto nos erros. Quem não conhece aquele aluno educado, inteligente, presente e co-partícipe do processo ensino-aprendizagem?
Qual é o motivo, realmente existente, de não elogiar um aluno para ele e, sim para os outros professores? Nós, professores, precisamos elogiar nossos alunos, nossos amigos e demais pessoas, pois não faz mal a quem o faz nem a quem o recebe, muito pelo contrário, a autoestima daquela pessoa aumenta, ela fica mais feliz e até mais estimulada à criação e a ação.
Por falar em criação, é isto que queremos para nossos alunos. Alunos estimulados, elogiados, instigados são mais criativos e críticos. Devemos estimular os nossos aprendentes para que eles elogiem os colegas, infelizmente é o que pouco acontece, elogiem as pessoas que merecem e saibam argumentar com aqueles que merecem “um puxão de orelha”, para que estas melhorem a postura social diante dos colegas. Em resumo, façam aliados para lutar pela mesma causa.
Busquemos uma estratégia ou caminho para tratar nossos alunos muito bem, pois em pouco tempo teremos uma infinidade de trocas de delicadezas e os esforços valerão à pena. Dando bons exemplos sem forçar a barra, deixar que os alunos percebam que todos têm valor e podem viver sem prejudicar os demais. É importante mostrar aos alunos os seus pontos positivos, porque os negativos são apontados a todo o momento pelas pessoas sejam elas colegas, amigos, professores ou familiares.
Para que acabemos com as trocas de indelicadezas dos nossos educandos precisamos treinar com eles as atitudes inteligentes como respeitar os grupos, as pessoas em todas as faixas etárias, as pessoas julgadas como fora do “padrão”, que são os gordinhos e os magrinhos, por exemplo, precisamos ter atitude, paciência, inteligência, sabedoria e acolhimento, bom acolhimento com as pessoas.
É muito difícil educar, é um processo longo e árduo, cheio de “pedras” para atrapalhar e doer os pés. Mas, pensemos juntos: será que poderemos recolher tudo de bom de dentro da gente, fazer acontecer e melhorar a educação?
Artigo publicado no jornal Tribuna Independente em 18.5.2010
Vocês já perceberam que muitas vezes nós recebemos um elogio de uma ou outra pessoa não diretamente? Como assim? Uma pessoa que dirige uma empresa ou mesmo um colega quando quer elogiar alguém prefere um momento em que esse alguém não esteja. Fala bem, elogia você para uma ou mais pessoas e não faz isso na sua frente. Daí que ouvimos um colega falar que “fulano falou muito bem de você”, esquece que poderia fazer esse elogio diretamente a você, porque elogio não se deve levar para casa, deve ser feito na mesma hora que sentimos necessidade de fazê-lo, é importante, faz bem para quem elogia e também a quem é elogiado.
Muitas vezes um professor ou uma professora acredita nos alunos, acha que eles são maravilhosos, mas não os elogia, talvez para que eles não fiquem vaidosos e passem a fazer o contrário. Nas reuniões, os alunos são elogiados por um ou mais professores, mil qualidades, os defeitos sobrepostos por tantas coisas boas, aquele desconto nos erros. Quem não conhece aquele aluno educado, inteligente, presente e co-partícipe do processo ensino-aprendizagem?
Qual é o motivo, realmente existente, de não elogiar um aluno para ele e, sim para os outros professores? Nós, professores, precisamos elogiar nossos alunos, nossos amigos e demais pessoas, pois não faz mal a quem o faz nem a quem o recebe, muito pelo contrário, a autoestima daquela pessoa aumenta, ela fica mais feliz e até mais estimulada à criação e a ação.
Por falar em criação, é isto que queremos para nossos alunos. Alunos estimulados, elogiados, instigados são mais criativos e críticos. Devemos estimular os nossos aprendentes para que eles elogiem os colegas, infelizmente é o que pouco acontece, elogiem as pessoas que merecem e saibam argumentar com aqueles que merecem “um puxão de orelha”, para que estas melhorem a postura social diante dos colegas. Em resumo, façam aliados para lutar pela mesma causa.
Busquemos uma estratégia ou caminho para tratar nossos alunos muito bem, pois em pouco tempo teremos uma infinidade de trocas de delicadezas e os esforços valerão à pena. Dando bons exemplos sem forçar a barra, deixar que os alunos percebam que todos têm valor e podem viver sem prejudicar os demais. É importante mostrar aos alunos os seus pontos positivos, porque os negativos são apontados a todo o momento pelas pessoas sejam elas colegas, amigos, professores ou familiares.
Para que acabemos com as trocas de indelicadezas dos nossos educandos precisamos treinar com eles as atitudes inteligentes como respeitar os grupos, as pessoas em todas as faixas etárias, as pessoas julgadas como fora do “padrão”, que são os gordinhos e os magrinhos, por exemplo, precisamos ter atitude, paciência, inteligência, sabedoria e acolhimento, bom acolhimento com as pessoas.
É muito difícil educar, é um processo longo e árduo, cheio de “pedras” para atrapalhar e doer os pés. Mas, pensemos juntos: será que poderemos recolher tudo de bom de dentro da gente, fazer acontecer e melhorar a educação?
Artigo publicado no jornal Tribuna Independente em 18.5.2010
Meu filho não consegue aprender
Roselene Nunes de Lima
Uma coisa é certa, muita gente já falou que o filho ou a filha não consegue aprender, comenta com os parentes e amigos, pede conselhos, fica em desespero. Calma, até ficamos sem fôlego!
Vamos saber se esse filho ou essa filha de que se fala é responsável por não aprender ou é apenas a fala final de tanta angústia. “A solução é o professor particular, mas meu filho não passa, não tira notas boas, estuda e fica na mesma. Socorro!”. Professor particular não resolve esta dor de cabeça, é apenas um paliativo, não faz milagres, principalmente, quando a causa não é apenas a falta dele.
Primeiro precisamos entender a historicidade dos aprendentes em questão. As crianças e os adolescentes precisam de um tempo para dormir. Dormir bem, descansar para seguir o dia a dia e ter o prazer em fazer suas atividades escolares e extraescolares. Eles precisam de um tempo para diversão e outro para estudar. A alimentação deve ser boa, ou seja, bem balanceada contendo os nutrientes necessários para cada parte da dura batalha que é ser estudante e aluno.
As alergias surgem, a falta de concentração e a não aprendizagem se destacam logo que aquela criança sai dos anos inicias da Educação Básica, já tem 11 anos, entra no 6º ano e começam a aparecerem as notas baixas e as reclamações de desatenção. Nessa idade os interesses também mudam.
Temos vários aspectos para serem apontados antes de haver tanto desespero por parte dos pais. As salas de aula cheias demais, a alimentação de qualidade duvidosa e o excesso de atividades daquele aluno ou daquela aluna.
Segundo o Conselho Estadual de Educação, RESOLUÇÃO Nº 37 /2001 - CEE/AL existe um limite máximo de alunos matriculados por sala de aula, se observarmos saberemos que no Ensino Fundamental o limite máximo no 1º ano é de 20 alunos por sala, já e no 2º e 3º anos é de 25 alunos, para o 4º e 5º anos 30 alunos, no 6º e 7º anos 40 alunos e no 8º e 9º anos o limite é de 45 alunos.
Primeiramente, uma sala de aula apertada ou não, tendo mais que o limite máximo permitido de alunos atrapalha o bom andamento das aulas, não há aprendizagem com prazer nem o professor terá o rendimento que esperava no planejamento, a aprendizagem e a convivência entre alunos e professores ficam comprometidas. Mesmo que nós, professores, tenhamos boas estratégias para lidar com os alunos fica difícil de interagir, falar para eles e ser ouvido por eles. Em se tratando da atualidade, até com o limite permitido de alunos por sala fica difícil trabalhar com adolescentes energéticos.
Em segundo lugar, não estamos dando a atenção que a alimentação das crianças e adolescentes merece. Nossos alunos comem tantos produtos desnecessários que o organismo é capaz de pedir socorro constantemente com alergias, disenterias, insônias e o comprometimento do desenvolvimento cognitivo.
Por fim, temos que ter cuidado e controle com as tarefas diárias da garotada. Excesso de compromissos, é como se fossem executivos de multinacionais, são capazes de praticar duas ou mais modalidades esportivas, cursos de línguas estrangeiras e o tempo de aprender, pensar e se divertir fica em último plano.
O ideal seria que ficássemos mais vigilantes no limite de alunos da sala de aula, na alimentação e no excesso de atividades dos nossos filhos ou filhas. Aquele monte de guloseimas como batatinha frita milk-shake, sorvete, salgadinhos (que são cheios de aditivos químicos causadores de diversas alergias e doenças), pipoca amanteigada, pipoca de microondas, biscoitos recheados em geral, docinhos, fritura e o líquido preferido entre tanta gente que é o refrigerante, deveriam ser consumidos uma vez por ano ou nunca, mas é muito difícil controlar tantas boquinhas.
Artigo publicado no jornal A Semana na semana de 24 a 30 de maio de 2010
Uma coisa é certa, muita gente já falou que o filho ou a filha não consegue aprender, comenta com os parentes e amigos, pede conselhos, fica em desespero. Calma, até ficamos sem fôlego!
Vamos saber se esse filho ou essa filha de que se fala é responsável por não aprender ou é apenas a fala final de tanta angústia. “A solução é o professor particular, mas meu filho não passa, não tira notas boas, estuda e fica na mesma. Socorro!”. Professor particular não resolve esta dor de cabeça, é apenas um paliativo, não faz milagres, principalmente, quando a causa não é apenas a falta dele.
Primeiro precisamos entender a historicidade dos aprendentes em questão. As crianças e os adolescentes precisam de um tempo para dormir. Dormir bem, descansar para seguir o dia a dia e ter o prazer em fazer suas atividades escolares e extraescolares. Eles precisam de um tempo para diversão e outro para estudar. A alimentação deve ser boa, ou seja, bem balanceada contendo os nutrientes necessários para cada parte da dura batalha que é ser estudante e aluno.
As alergias surgem, a falta de concentração e a não aprendizagem se destacam logo que aquela criança sai dos anos inicias da Educação Básica, já tem 11 anos, entra no 6º ano e começam a aparecerem as notas baixas e as reclamações de desatenção. Nessa idade os interesses também mudam.
Temos vários aspectos para serem apontados antes de haver tanto desespero por parte dos pais. As salas de aula cheias demais, a alimentação de qualidade duvidosa e o excesso de atividades daquele aluno ou daquela aluna.
Segundo o Conselho Estadual de Educação, RESOLUÇÃO Nº 37 /2001 - CEE/AL existe um limite máximo de alunos matriculados por sala de aula, se observarmos saberemos que no Ensino Fundamental o limite máximo no 1º ano é de 20 alunos por sala, já e no 2º e 3º anos é de 25 alunos, para o 4º e 5º anos 30 alunos, no 6º e 7º anos 40 alunos e no 8º e 9º anos o limite é de 45 alunos.
Primeiramente, uma sala de aula apertada ou não, tendo mais que o limite máximo permitido de alunos atrapalha o bom andamento das aulas, não há aprendizagem com prazer nem o professor terá o rendimento que esperava no planejamento, a aprendizagem e a convivência entre alunos e professores ficam comprometidas. Mesmo que nós, professores, tenhamos boas estratégias para lidar com os alunos fica difícil de interagir, falar para eles e ser ouvido por eles. Em se tratando da atualidade, até com o limite permitido de alunos por sala fica difícil trabalhar com adolescentes energéticos.
Em segundo lugar, não estamos dando a atenção que a alimentação das crianças e adolescentes merece. Nossos alunos comem tantos produtos desnecessários que o organismo é capaz de pedir socorro constantemente com alergias, disenterias, insônias e o comprometimento do desenvolvimento cognitivo.
Por fim, temos que ter cuidado e controle com as tarefas diárias da garotada. Excesso de compromissos, é como se fossem executivos de multinacionais, são capazes de praticar duas ou mais modalidades esportivas, cursos de línguas estrangeiras e o tempo de aprender, pensar e se divertir fica em último plano.
O ideal seria que ficássemos mais vigilantes no limite de alunos da sala de aula, na alimentação e no excesso de atividades dos nossos filhos ou filhas. Aquele monte de guloseimas como batatinha frita milk-shake, sorvete, salgadinhos (que são cheios de aditivos químicos causadores de diversas alergias e doenças), pipoca amanteigada, pipoca de microondas, biscoitos recheados em geral, docinhos, fritura e o líquido preferido entre tanta gente que é o refrigerante, deveriam ser consumidos uma vez por ano ou nunca, mas é muito difícil controlar tantas boquinhas.
Artigo publicado no jornal A Semana na semana de 24 a 30 de maio de 2010
Qual é o problema?
Roselene Nunes de Lima
Possuir conhecimento matemático não é o mais importante e único “canal” para se resolver problemas. Assim como algumas escolas acreditam que “encher” os alunos de conhecimento conteudista fará com que eles entendam, pensem e resolvam um determinado número de problemas ou infinitos problemas. Os alunos precisam e merecem conhecer as melhores formas de resolução de problemas escolares ou da ordem pessoal. Nós, professores, podemos fazer isso, ou melhor, temos obrigação, como líderes, de ensinar os aprendentes.
Para nossos alunos resolverem problemas, primeiramente precisamos parar com a ideia de impor conteúdos para a memorização, isso não os leva a lugar algum, não fazem deles melhores, só os fazem cansar. Decorar é coisa para ator e, mesmo assim, esses profissionais vivem esquecendo as suas falas é preciso gravar mais vezes o trecho esquecido. Depois do capítulo da novela já não é mais tão significante assim.
Que tal darmos início as leituras críticas, aos quebra-cabeças, as atividades significativas que precisam de agilidade e estratégia na resolução? E ainda podemos inserir nas aulas jogos que nos ensinam mais do que qualquer aula conteudista.
Sabe-se que precisamos socializar nossos alunos nos primeiros meses de aula, precisamos conhecê-los e eles precisam nos conhecer. Após essa etapa tão importante de socialização, então poderemos adentrar aos conteúdos do currículo escolar de forma inteligente. Que usemos as diversas disciplinas como ferramentas para resolver as situações-problemas de acordo com o sujeito que estamos trabalhando. Podemos lançar mão de um texto do jornal, de revista ou de livros, utilizar um vídeo para gerar crítica argumentativa e aprendizagem de como se entra numa discussão.
Temos alunos que conseguem resolver um monte de exercícios do livro de matemática e, na maioria das vezes, são apenas exercícios procedimentais, ou seja, se aprender a fazer um exercício conseguirá fazer mais quantos quiser, de acordo com o modelo, daí que quando muda para uma questão de pensar ele diz: “Eu tirava tanta nota boa, mas agora...” Outra atividade que faz os alunos serem meros repetidores de procedimentos são as equações sem contexto, apenas a resolução. Aprende-se a resolvê-las e assim podem fazer quantas quiser e forem necessárias para fixar a ideia de resolução. Mas se for colocado um problema para esse aluno resolver a partir de uma equação que será pensada por ele? Será que esse aluno estará pronto para criar, ou não?
Se conseguirmos inserir nossos alunos num meio pensante, criativo, formador de ação e opinião, então estaremos dando um bom passo para o crescimento deles e eles conseguirão adquirir os conteúdos de forma mais inteligente e de maior apreensão, eles passarão a ter mais prazer em ir às aulas, a lerem textos diversos e saberão resolver problemas matemáticos e pessoais. Nós, professores, não podemos fazer do aluno apenas um agente passivo da aprendizagem, não podemos fazer do nosso trabalho uma “arma” para castigar, reprovar e anular o conhecimento do nosso aluno. Temos que parar de confundir ensinar com transmitir.
Artigo publicado no jornal Tribuna Independente em 26.5.2010
Possuir conhecimento matemático não é o mais importante e único “canal” para se resolver problemas. Assim como algumas escolas acreditam que “encher” os alunos de conhecimento conteudista fará com que eles entendam, pensem e resolvam um determinado número de problemas ou infinitos problemas. Os alunos precisam e merecem conhecer as melhores formas de resolução de problemas escolares ou da ordem pessoal. Nós, professores, podemos fazer isso, ou melhor, temos obrigação, como líderes, de ensinar os aprendentes.
Para nossos alunos resolverem problemas, primeiramente precisamos parar com a ideia de impor conteúdos para a memorização, isso não os leva a lugar algum, não fazem deles melhores, só os fazem cansar. Decorar é coisa para ator e, mesmo assim, esses profissionais vivem esquecendo as suas falas é preciso gravar mais vezes o trecho esquecido. Depois do capítulo da novela já não é mais tão significante assim.
Que tal darmos início as leituras críticas, aos quebra-cabeças, as atividades significativas que precisam de agilidade e estratégia na resolução? E ainda podemos inserir nas aulas jogos que nos ensinam mais do que qualquer aula conteudista.
Sabe-se que precisamos socializar nossos alunos nos primeiros meses de aula, precisamos conhecê-los e eles precisam nos conhecer. Após essa etapa tão importante de socialização, então poderemos adentrar aos conteúdos do currículo escolar de forma inteligente. Que usemos as diversas disciplinas como ferramentas para resolver as situações-problemas de acordo com o sujeito que estamos trabalhando. Podemos lançar mão de um texto do jornal, de revista ou de livros, utilizar um vídeo para gerar crítica argumentativa e aprendizagem de como se entra numa discussão.
Temos alunos que conseguem resolver um monte de exercícios do livro de matemática e, na maioria das vezes, são apenas exercícios procedimentais, ou seja, se aprender a fazer um exercício conseguirá fazer mais quantos quiser, de acordo com o modelo, daí que quando muda para uma questão de pensar ele diz: “Eu tirava tanta nota boa, mas agora...” Outra atividade que faz os alunos serem meros repetidores de procedimentos são as equações sem contexto, apenas a resolução. Aprende-se a resolvê-las e assim podem fazer quantas quiser e forem necessárias para fixar a ideia de resolução. Mas se for colocado um problema para esse aluno resolver a partir de uma equação que será pensada por ele? Será que esse aluno estará pronto para criar, ou não?
Se conseguirmos inserir nossos alunos num meio pensante, criativo, formador de ação e opinião, então estaremos dando um bom passo para o crescimento deles e eles conseguirão adquirir os conteúdos de forma mais inteligente e de maior apreensão, eles passarão a ter mais prazer em ir às aulas, a lerem textos diversos e saberão resolver problemas matemáticos e pessoais. Nós, professores, não podemos fazer do aluno apenas um agente passivo da aprendizagem, não podemos fazer do nosso trabalho uma “arma” para castigar, reprovar e anular o conhecimento do nosso aluno. Temos que parar de confundir ensinar com transmitir.
Artigo publicado no jornal Tribuna Independente em 26.5.2010
Manual do louco varrido
Roselene Nunes de Lima
Balas, chicletes, pipocas, pirulitos, salgadinhos, infinitas guloseimas embaladas, água gelada, refrigerantes, guardanapos, copos descartáveis, panfletos..., cansei. Todas as maravilhas deste século geram muita sujeira, aquelas pessoas que estão nos veículos grandes ou pequenos que jogam as embalagens disso tudo pela janela, pode ser veículo nas rodovias, ferrovias ou nas vias fluviais. Nós mesmos comemos um monte de coisas e jogamos em qualquer lugar. Entupimos bueiros, sujamos a cidade, a praia, o rio, a escola, a casa dos outros e a nossa casa também, compramos sem limite e não damos a mínima para as consequências das embalagens descartadas, mas já está na hora de abrirmos os olhos. Para que fiquemos mais vigilantes poderemos ter o nosso próprio manual. Então segue um manual que é muito importante para todos nós: Manual do louco varrido. É bom seguir e se colocar no lugar das pessoas que já não tem água de qualidade e um ambiente próprio para gerar saúde.
Consuma água, balas, chicletes, aquela lista de produtos que costuma consumir e coloque todas as embalagens na sua bolsa, numa sacola ou nos seus bolsos, no primeiro lixeiro que encontrar coloque toda sujeira gerada pela farra na rua ou no ônibus, seja de fato um louco varrido, devemos nos tornar cidadãos e cidadãs consumistas conscientes, sendo éticos e comprometidos com a educação ambiental, todos teremos lucro e seremos excelentes loucos varridos. Mas espere aí, e se o lixeiro já estiver muito cheio, será que vamos ter mais um pouquinho de paciência e esperar o próximo? Será que colocaremos no lixeiro cheio e teremos nossa consciência tranquila só porque achamos um lixeiro e depositamos os nossos entulhos? Estando cheio vai cair no chão de todo jeito. Cuidado! A natureza não está dando tanto desconto assim nos nossos atos irresponsáveis, ela cobra limpeza e o pior é que cobra bem.
Vamos pensar numa situação que sempre presenciamos (ou fazemos). Estamos num ônibus ou num carro da família ou no nosso próprio carro e percebemos que uma pessoa do carro da frente toma algum líquido ou come alguma coisa e lá vai, joga a embalagem pela janela. A embalagem provoca sujeira ao ambiente e ainda pode provocar um acidente com quem vem atrás dos não educados, não vamos dizer mal educados porque esses nunca foram nem educados, se fossem não fariam isso.
Pensemos neste manual como uma alternativa séria, que mesmo parecendo uma brincadeira possa gerar uma consciência coletiva entre crianças, adolescentes e adultos. Que as pessoas que venham a aderir a esta novidade passe para muitas outras pessoas para que todos tornemos loucos varridos pelo nosso ambiente.
Artigo publicado no jornal Tribuna Independente em 1.6.2010
Balas, chicletes, pipocas, pirulitos, salgadinhos, infinitas guloseimas embaladas, água gelada, refrigerantes, guardanapos, copos descartáveis, panfletos..., cansei. Todas as maravilhas deste século geram muita sujeira, aquelas pessoas que estão nos veículos grandes ou pequenos que jogam as embalagens disso tudo pela janela, pode ser veículo nas rodovias, ferrovias ou nas vias fluviais. Nós mesmos comemos um monte de coisas e jogamos em qualquer lugar. Entupimos bueiros, sujamos a cidade, a praia, o rio, a escola, a casa dos outros e a nossa casa também, compramos sem limite e não damos a mínima para as consequências das embalagens descartadas, mas já está na hora de abrirmos os olhos. Para que fiquemos mais vigilantes poderemos ter o nosso próprio manual. Então segue um manual que é muito importante para todos nós: Manual do louco varrido. É bom seguir e se colocar no lugar das pessoas que já não tem água de qualidade e um ambiente próprio para gerar saúde.
Consuma água, balas, chicletes, aquela lista de produtos que costuma consumir e coloque todas as embalagens na sua bolsa, numa sacola ou nos seus bolsos, no primeiro lixeiro que encontrar coloque toda sujeira gerada pela farra na rua ou no ônibus, seja de fato um louco varrido, devemos nos tornar cidadãos e cidadãs consumistas conscientes, sendo éticos e comprometidos com a educação ambiental, todos teremos lucro e seremos excelentes loucos varridos. Mas espere aí, e se o lixeiro já estiver muito cheio, será que vamos ter mais um pouquinho de paciência e esperar o próximo? Será que colocaremos no lixeiro cheio e teremos nossa consciência tranquila só porque achamos um lixeiro e depositamos os nossos entulhos? Estando cheio vai cair no chão de todo jeito. Cuidado! A natureza não está dando tanto desconto assim nos nossos atos irresponsáveis, ela cobra limpeza e o pior é que cobra bem.
Vamos pensar numa situação que sempre presenciamos (ou fazemos). Estamos num ônibus ou num carro da família ou no nosso próprio carro e percebemos que uma pessoa do carro da frente toma algum líquido ou come alguma coisa e lá vai, joga a embalagem pela janela. A embalagem provoca sujeira ao ambiente e ainda pode provocar um acidente com quem vem atrás dos não educados, não vamos dizer mal educados porque esses nunca foram nem educados, se fossem não fariam isso.
Pensemos neste manual como uma alternativa séria, que mesmo parecendo uma brincadeira possa gerar uma consciência coletiva entre crianças, adolescentes e adultos. Que as pessoas que venham a aderir a esta novidade passe para muitas outras pessoas para que todos tornemos loucos varridos pelo nosso ambiente.
Artigo publicado no jornal Tribuna Independente em 1.6.2010
A escolha do livro didático
Roselene Nunes de Lima
Como está a educação no Brasil? O Ministério da Educação e Cultura tem incentivado incansavelmente na luta contra o analfabetismo, vem criando programas e mais programas para a educação ficar de qualidade ou manter a qualidade, programas que tratam da gravidez na adolescência, prevenção de uso de drogas psicotrópicas e muitos outros não menos excelentes, investe em cursos on-line e presenciais para qualificar ainda mais as nossas aulas.
O MEC faz investimento na formação continuada, aquelas formações que têm os tutores se preparando para liderarem uma turma de professores, objetivando a apresentação de aulas mais dinâmicas, mais reais, mais lúdicas, mais atrativas para os alunos, dentre outras qualidades. Além disso, é exigido que os professores apliquem todo seu potencial para que os alunos saiam dos níveis escolares cada vez melhores, sendo pensantes, criativos e conhecedores da maior quantidade de conteúdos.
Temos a Prova Brasil, a Provinha Brasil, o Enem, o Enade, OBMEP (Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas), OBA (Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica) e por aí vai. Todas essas avaliações são inteligentes e desafiadoras, ficamos felizes com tanta qualidade, mais felizes ainda quando nossos alunos têm sucesso. No pró-letramento em Língua Portuguesa e Matemática, programas de formação continuada, é exigido que exploremos bastante o raciocínio lógico dos nosso alunos, que consigamos fazê-los serem conhecedores de conteúdos voltados para sua realidade e que seja elevado o potencial intelectual deles.
Agora, quando o assunto é a escolha do livro didático, então vamos com calma! Cria-se uma comissão de técnicos e professores (não sabemos) para analisar os diversos livros que o mercado editorial brasileiro nos apresenta – claro que todas as editoras estarão lá, comparecem em massa – para discutirem os títulos que os professores de educação básica possam escolher nas suas escolas públicas municipais, estaduais ou federais. Nós que trabalhamos nas escolas como professores regentes, que damos aulas de fato, não ficamos sabendo quais pessoas foram indicadas, nem quando, para a realização da escolha dos livros. Quais professores representam a gente e quais são as ideias deles sobre os componentes curriculares.
Não sabemos o motivo de tão pouca informação quanto a essa escolha. Embora muitos falem que temos muitos títulos a analisar e depois solicitar o que julguemos o melhor para a nossa escola, não nos convencemos quando descobrimos que muitos livros maravilhosos ficaram de fora porque o nosso representante nem sabia do nosso trabalho, da nossa aplicação educacional em sala de aula e extraescolar. Mas se fala tanto em acabar com os preconceitos. Eles acham que conhecem nossa metodologia, verificam apenas os índices das avaliações, não nos acompanham e esquecem que educação é a longo prazo.
São tantas exigências sobre a melhor forma de educar nossos clientes – os alunos, mas deixaram de fora, em matemática, dois títulos lúdicos, inteligentes, que atendem os pilares da educação e que prezam pelo raciocínio lógico dos alunos. Projeto Araribá e Para Viver Juntos são duas coleções maravilhosas para os anos finais do ensino fundamental e são vítimas daqueles que entendem que a educação tradicional é um grande barato. Livros didáticos tradicionais, de mesmos autores, são escolhidos há décadas e não fazem mais parte do nosso contexto social são apenas um calhamaço de exercícios mecânicos, procedimentais e sem significado nenhum para a realidade atual.
E agora, será que nós professores regentes teremos esse direito um dia?
Artigo publicado no jornal Tribuna Independente em 8.6.2010
Como está a educação no Brasil? O Ministério da Educação e Cultura tem incentivado incansavelmente na luta contra o analfabetismo, vem criando programas e mais programas para a educação ficar de qualidade ou manter a qualidade, programas que tratam da gravidez na adolescência, prevenção de uso de drogas psicotrópicas e muitos outros não menos excelentes, investe em cursos on-line e presenciais para qualificar ainda mais as nossas aulas.
O MEC faz investimento na formação continuada, aquelas formações que têm os tutores se preparando para liderarem uma turma de professores, objetivando a apresentação de aulas mais dinâmicas, mais reais, mais lúdicas, mais atrativas para os alunos, dentre outras qualidades. Além disso, é exigido que os professores apliquem todo seu potencial para que os alunos saiam dos níveis escolares cada vez melhores, sendo pensantes, criativos e conhecedores da maior quantidade de conteúdos.
Temos a Prova Brasil, a Provinha Brasil, o Enem, o Enade, OBMEP (Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas), OBA (Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica) e por aí vai. Todas essas avaliações são inteligentes e desafiadoras, ficamos felizes com tanta qualidade, mais felizes ainda quando nossos alunos têm sucesso. No pró-letramento em Língua Portuguesa e Matemática, programas de formação continuada, é exigido que exploremos bastante o raciocínio lógico dos nosso alunos, que consigamos fazê-los serem conhecedores de conteúdos voltados para sua realidade e que seja elevado o potencial intelectual deles.
Agora, quando o assunto é a escolha do livro didático, então vamos com calma! Cria-se uma comissão de técnicos e professores (não sabemos) para analisar os diversos livros que o mercado editorial brasileiro nos apresenta – claro que todas as editoras estarão lá, comparecem em massa – para discutirem os títulos que os professores de educação básica possam escolher nas suas escolas públicas municipais, estaduais ou federais. Nós que trabalhamos nas escolas como professores regentes, que damos aulas de fato, não ficamos sabendo quais pessoas foram indicadas, nem quando, para a realização da escolha dos livros. Quais professores representam a gente e quais são as ideias deles sobre os componentes curriculares.
Não sabemos o motivo de tão pouca informação quanto a essa escolha. Embora muitos falem que temos muitos títulos a analisar e depois solicitar o que julguemos o melhor para a nossa escola, não nos convencemos quando descobrimos que muitos livros maravilhosos ficaram de fora porque o nosso representante nem sabia do nosso trabalho, da nossa aplicação educacional em sala de aula e extraescolar. Mas se fala tanto em acabar com os preconceitos. Eles acham que conhecem nossa metodologia, verificam apenas os índices das avaliações, não nos acompanham e esquecem que educação é a longo prazo.
São tantas exigências sobre a melhor forma de educar nossos clientes – os alunos, mas deixaram de fora, em matemática, dois títulos lúdicos, inteligentes, que atendem os pilares da educação e que prezam pelo raciocínio lógico dos alunos. Projeto Araribá e Para Viver Juntos são duas coleções maravilhosas para os anos finais do ensino fundamental e são vítimas daqueles que entendem que a educação tradicional é um grande barato. Livros didáticos tradicionais, de mesmos autores, são escolhidos há décadas e não fazem mais parte do nosso contexto social são apenas um calhamaço de exercícios mecânicos, procedimentais e sem significado nenhum para a realidade atual.
E agora, será que nós professores regentes teremos esse direito um dia?
Artigo publicado no jornal Tribuna Independente em 8.6.2010
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